Sei onde estou, mas não queria
está. Dei alguns passos: fui para frente e para trás, girei 180 e depois 360º e
estive no mesmo lugar ainda antes de parar. O que começamos amanhã é o exato
complemento do final de hoje e as esperanças, desejos e vontades se refazem com
a força da ideia de novidade. Espero a felicidade da incerteza dos
convencimentos e o desejo de ser convencido da possibilidade de melhoras. Vou acreditar
nas lágrimas com a singeleza dos olhos que brilham e a vida vai ser melhor.
sábado, 31 de dezembro de 2011
sexta-feira, 11 de novembro de 2011
11/11/11
Queremos de volta a rebeldia dos tempos em que utopias eram possíveis e que a militância era o caminho a
ser seguido, pois abomino a normalidade com que o crime e a corrupção se
continianizaram, e não aceito a desvalorização da vida em prol do capital. Compreendo
o “terrorismo”, mas não entendo a apatia.
*homenagem ao curso de
História do campus VI da Universidade do Estado da Bahia, pela assembleia
estudantil do dia 08/11/11.
segunda-feira, 24 de outubro de 2011
Aspiro o Desejo de Ansiar
Aspiro à poesia brilhante dos
Olhos
que não enxergam, e sentem
A
vida em cada brisa que passeia
Pela
face.
Desejo as lágrimas dos que já Choraram,
Por
que sei que nunca me farão chorar.
Anseio pela voz dos falantes, e que
Eles
nunca se calem em nenhuma das
Estações,
e se em algum momento precisarem
Calar,
que o silêncio seja provocado por
Um
beijo, e, que a felicidade ocupe o que
Antes
era som.
sexta-feira, 14 de outubro de 2011
Ausências Refletidas
Essa vida povoada de ausências torna
a presença o motivo exato para nada dizer. Cria no silêncio provocado, incitado
pelos espaços vazios, a consciência ilusória de liberdade, como se “estar com”
fosse sinônimo de prisão. Presos por um abraço, ou livres solitários, crentes e
fieis seguidores de um livre-arbítrio que não existe. Somos todos reféns do
imediatismo das relações de borboletas, que só vivem vinte e quatro horas.
domingo, 4 de setembro de 2011
A Alma e o Vendaval
A primavera se aproxima cheia de ausências: faltam flores nas janelas e esperança nos olhares. Sobram dores no peito que ama e falta espaço no quadro que não escrevo. Para onde vão os pensamentos que não se concretizam? Todo tesouro instiga a procura. Toda liberdade é felicidade e a flor que dança no vendaval representa minha alma sem saber pra onde ir.
quinta-feira, 25 de agosto de 2011
A Extensão do Contrário
Amo a estreita necessidade de saber que sinto tua falta, no entanto, posso suportar o frio que rasga a madrugada das noites do solstício de inverno. O mal é a construção dos que não o fazem ao contrário, e não ousam tentar serem felizes na montagem deste paradoxo. E eu que ouso chegar perto do seu cheiro, mas não me atrevo a beijar-te, sinto apenas o que sou capaz de descrever, o que não posso, é pelo simples fato de não sentir. Portanto, não tente entender os que não se entendem. Siga-os ou abandone-os. Não tente entendê-los.
terça-feira, 16 de agosto de 2011
Decoros e Decotes
Quero a beleza imoral das pernas cruzadas sem a proteção das calcinhas. Dos decotes ousados que se lixam para o decoro. Olho cheio de vontades para o movimento perfeito que o teu quadril executa ao caminhar distraída na direção do improvável. Desejos, desejos e criação. Tudo que aquece as relações humanas, passa pela imaginação.
quinta-feira, 21 de julho de 2011
Entardecer
O pôr do sol que nos brinda com o entardecer, traz consigo a escuridão e a incerteza do amanhã. Todavia, ao levantar-se no dia seguinte, o cenário está posto para as ações inéditas que cabem no palco da vida. Assim, só nos resta escolher o nosso papel neste espetáculo.
sexta-feira, 27 de maio de 2011
Quebra-cabeça
Monto um quebra-cabeça e sei que ao completa-lo chego ao fim do jogo e da vida. Coloco e retiro peças... Paro, reflito, acrescento mais uma, tiro outras duas e mesmo certo, continuo em dúvida. Sigo agora para os últimos pedaços e a cada nova jogada me perco um pouco. Sinto os primeiros fios se soltando... Apressado, tenho a impressão rasgada das últimas horas, minutos, segundos... Não, o jogo não vai acabar agora, o quebra-cabeça está incompleto, bem como a minha vida. Existem perguntas que ainda precisam de respostas.
*Créditos da foto: Allana Katiussya.
quarta-feira, 6 de abril de 2011
Um Brinde!
Quarta, a sensação de segunda, e a ressaca do amor que não tomei, que não vivi. O álcool, a fumaça e tudo o que mais inebria, são como portas de emergência para outra realidade, essa, mais leve, sem as cobranças que ficaram nas portas fechadas atrás das costas que não olham para trás.
Sobre o Escuro e Outros Medos
Só existem duas possibilidades: a imortalidade, ou o amor!
Eu fico com o amor,
E cairei do céu mais alto,
E cairei do céu mais alto,
Mesmo que a vida dure apenas mais um dia.
A eternidade sem essas horas seria vazia!
domingo, 27 de março de 2011
Paralelos
A dúvida que penetra,
A alma que desperta,
A vida que não vive
E a poesia que não se
Escreve, são só as várias
Maneiras pra dizer que
Não saber do que se foge,
Implica no risco de correr
Em direção ao que não se quer,
E descobrir que um retorno
É impossível.
terça-feira, 15 de março de 2011
Os Sabores da Alma
Confesso que não ouço a felicidade. Mas sinto sua existência toda vez que os lábios se encontram. Quando os olhos se fecham e o tato não toca, o olfato é o único mapa de que disponho para percorrer o labirinto do teu corpo, e o paladar se apropria dos sabores, assim como a alma diviniza a matéria.
sexta-feira, 11 de fevereiro de 2011
A Esperança é o Motivo
Ter consciência da dor nos dilata a compreensão da humanidade. Lágrimas, ou urros, não minimizam o fato, e a força se desfaz com a sutileza do orvalho que toca a relva. Não sou hercúleo, mas não reconheço derrotas em batalhas que não lutei. Agora, o tempo efetivará os seus cuidados e meu sofrimento lapidará as arestas que precisam de correções, todavia, sem pretensões de perfeição. Afinal de contas, todo final está ligado ao começo de algo novo.
terça-feira, 8 de fevereiro de 2011
Às Portas da Alma
Aguardo para saber se posso.
Inseguro, dou os primeiros passos,
Mas não sinto você se aproximar.
Insisto, e nada! De que ilusão és parte?
Por que os olhos se enchem de felicidade ao te verem?
Já ouvi algumas vezes que os olhos são as portas da alma,
Se forem de fato, teu sorriso diz que elas estão abertas,
Mas meu coração ainda tem medo de perguntar se posso entrar.
sábado, 5 de fevereiro de 2011
"Os Caminhos que se Bifurcam"
O sorriso remete a segurança que não encontro em outros rostos. Gostaria de descobri o porquê de todas as falas, de todos os ditos. Não compreendo a perfeição, assim como não acredito na completa imperfeição. Creio apenas no meio termo justo que se aplica à vida com uma espécie de medida exata para a balança da justiça.
Qual a cegueira que gostaria de compartilhar? Aquela que torna a injustiça justa a bel prazer que ela serve? Ou a certeza de que a inevitabilidade da morte torna a vida efêmera demais para que eu me preocupe com opiniões menores? Nestes caminhos que se bifurcam, eu gostaria de não ter que escolher um, no entanto, estou sofrendo a existência dos dois.
quarta-feira, 2 de fevereiro de 2011
Os Obstáculos e as Rotas
Ergo-me no paradoxo que existe entre a felicidade e a tristeza.
Construo na abstração das minhas concepções, pontes que me
permitem perambular por estes espaços, que apesar de contrários, se encaixam simetricamente
como faces de uma moeda. Se toda dor vem do desejo de não sentirmos dor como queria
o poeta Renato Russo, então o apaziguamento da alma resignada de sofrimento é o caminho
alternativo a intensidade deste mesmo sofrimento.
E ainda dizem que a vida flui independente de obstáculos e rotas.
permitem perambular por estes espaços, que apesar de contrários, se encaixam simetricamente
como faces de uma moeda. Se toda dor vem do desejo de não sentirmos dor como queria
o poeta Renato Russo, então o apaziguamento da alma resignada de sofrimento é o caminho
alternativo a intensidade deste mesmo sofrimento.
E ainda dizem que a vida flui independente de obstáculos e rotas.
domingo, 30 de janeiro de 2011
Sobre Exclamações e Outras Vontades
Numa manhã chuvosa de sábado
O tempo parece parar,
Mas pessoas não param.
Indo e vindo em seus imutáveis cotidianos,
São incapazes de perceber o que os cerca
E vivem como se não fossem morrer.
Quando morrem, descobrem espantadas
Que não viveram.
Exclamações servem bem a esses momentos.
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