segunda-feira, 31 de dezembro de 2012

Despedidas


Aproximam-se das ultimas as 365 oportunidades a que tive direito neste ano. Quando o fim está próximo, é natural assistirmos curtas-metragens do que antes pareciam seriados. O que poderia ser feito e não foi? De quem nos aproximamos e de quem nos afastamos? Por esses dias assisti a três filmes seguidos de um super-herói adorável, porém, o mais fascinante foi encantar-me com sua personalidade que há tempos incomodava, mas não me deslocava. O Ano Novo traz sempre a possibilidade de mudança, todavia, não é preciso espera-lo para mudar. 

sexta-feira, 5 de outubro de 2012

Sobre Mudanças



Hoje tirei o horário de almoço para vistoriar meu guarda-roupa e descobri que não há nele uma única “fantasia” que sirva bem a um covarde, logo, não tenho como aceitar nunca a condição de vítima. Cairei quando a ultima gota de sangue secar, mas não sem resistir. “Não me entrego sem lutar, tenho ainda coração, não aprendi a me render, que caia o inimigo então...”. Quando todas as bases sólidas forem ao chão que sejamos mantidos apenas por pensamentos, por sentimentos, todavia, de pé... Aos desertores a morte, simples e inglória, aos guerreiros a eternidade, pois os homens findam, mas seus feitos ecoarão pelos tempos.

quarta-feira, 29 de agosto de 2012

Hoje



Hoje é um destes dias que a normalidade senta na varanda pra assistir o entardecer se despedir. Entrincheirado, um inimigo blindado, uma bala e uma dúvida: em que direção atirá-la? Valorizamos sempre os atos de coragem e maldizemos as covardias, mas com o tempo descobre-se que nem todo passo atrás é por medo e nem toda fuga representa fraqueza... Sofremos de esvaziamentos amplos de coisas que nos são significativas, e estamos sempre alicerçados dos mais bem elaborados discursos para justificá-los.

A eternidade parece um bem comum e a ideia de felicidade supérflua demais para nos causar preocupações, basta nos ocuparmos dela caso se atrase ou não venha.

Vou me perder se seguir por esse caminho, prefiro a dor de morrer tentando... De sobreviver mortalmente ferido e ainda assim acreditar... Porque sou gigante ancorado em minhas crenças, “verdades” e defeitos... Pra onde vou será sempre uma interrogação. Mas não preciso da resposta, o desafio é descobrir o que não posso ser.


quinta-feira, 23 de agosto de 2012

"Despedaços"


O Silêncio é o caminho de busca para algumas verdades...  Frutos que não veremos frutificar, mas, que ainda assim, é preciso plantar as sementes. O vácuo é o pior lugar do mundo para se estar, mas temos um dentro de nós mesmos. Eu não compreendo a ideia de sentir falta, entretanto, sinto. Sinto uma angustia desumana rasgando minha garganta na forma de saliva engolida a seco e as lágrimas que insistem em escorregarem sutilmente roubadas pelo canto dos olhos e Só... Falta-me um abraço, falta-me um sorriso ou simplesmente uma palavra que me iluda com o convencimento de que vai ficar tudo bem. Posso viver pela eternidade, mas nunca vou compreender a morte... Atravessar sozinho estes momentos, distante de todos aqueles que poderiam me entender, é também uma forma de morrer, assim, morre-se da pior maneira possível: sozinho!

domingo, 19 de agosto de 2012

Três Pontinhos

Uma manhã de promessas: Chuva... Abraços... Lembranças. O jeito como Você arruma o cabelo e o significado que tem trançá-los, é a ponte que aproxima os abismos e o tempo é o senhor do invisível, que não podendo ser visto, não precisa ser explicado.

segunda-feira, 2 de julho de 2012

Rosas, Balões e Saudades

As rosas são suas e os balões meus! Plante um jardim lindo, e regue-o todas as manhãs só para ter a noção do quanto é delicioso cuidar. Nos dias em que o mundo parecer quatro ou cinco vezes maior e as pessoas amadas estiverem distantes, a noite serenada guardará nas pétalas de uma das rosas o significado da palavra saudade, então perceberá impotente o quão dispensável é um roseiral de cinco mil flores. Quando o orvalho assentar sobre uma rosa, compreenderá então a sutil diferença entre amar e ter consciência do amor.

quinta-feira, 28 de junho de 2012

O Dia Longo de Uma Noite Curta


Acordei cedo! Muito cedo para quem havia dormido tarde... Mas alguns “sacrifícios” valem muito a pena pelas coisas que fazem seu mundo parecer mais belo, mais leve. Caminhei aproximadamente por uma hora num bairro que gosto muito aqui na cidade, na companhia de uma linda cliente. O objetivo? Estudar algumas ruas e casas, linhas verticais e horizontais, que vão compor o próximo ensaio do Querosene Fotos. A beleza leve do meu dia? Fotografias! Viver é melhor quando se pode parar o tempo.

segunda-feira, 28 de maio de 2012

O Que Pergunto ao Céu se Você Partir?


Fim de tarde de outono com nuvens espessas é como o coração de quem gosta e tem que deixar partir. Não há promessa de chuva e nem reconciliações, mas ainda assim é preciso ter esperança, como a alma de um sertanejo, resistente apesar da vida dura ou os sentimentos de um poeta, vagando pelo inferno, purgatório e paraíso em busca de sua amada, pois prova maior do gostar é deixar partir quando tudo clama pelo contrário.

P.S. Não vai! Se ficares, seremos um e fortes para resistirmos a tudo... 

domingo, 27 de maio de 2012

A Sutileza do Beijo e a Precisão das Carícias



Precisamos nos perder em alguns momentos, só para lembramos da necessidade de conhecermo-nos... Vagarmos a ermo, não a procura do caminho, mas do significado. Tenho agora todas as respostas, faltam, porém, as perguntas que lhes dão sentido. Busco um equilíbrio às vezes utópico e os espelhos insistem em refletir as ausências.
Qual o medo? Ou qual o motivo para tê-lo? Dissolvo-me todas as manhãs na lembrança de um sorriso estonteante... Ele invade meu quarto com a mesma força dos raios solares e se instala no meu peito como um abraço confortante.
Mas onde está, quando preciso sussurrar ao teu ouvido que é o cheiro e não o perfume que me faz querer tá perto? O carinho e não só a presença... O cuidado e não apenas o abraço... O desejo e não somente as formas... É difícil querer... É difícil só querer...
A harmonia dos gestos e o encontro perfeito com as palavras... A sutileza do beijo e a precisão das carícias... O sono entre os braços e imagem da vulnerabilidade... O sorriso meigo de olhos piscados... Ah, Meu Bem!!! Você, você e outra vez... Você... O resto é um céu nublado sem estrelas. 

sábado, 21 de abril de 2012

Tempo e Sentido

Saber que se ama, antes de sentir, 
é persuadir o tempo e convertê-lo em sentido... 
O resto é um vazio, acompanhado de uma taça de cooler, 
um sábado à noite e a Casa do Lago.

sábado, 31 de março de 2012

Felicidade Escrita com “N”


o que a tristeza não fizer pela alma humana,
Nenhum outro sentimento será capaz de fazê-lo.
A condição de fragilidade e abandono é a exata
Expressão de humanidade, o resto é o que se quer:
A respiração ofegante, os olhos cerrados,
E os lábios levemente apertados entre os dentes...
Não, isso, não é tristeza, é felicidade.

domingo, 26 de fevereiro de 2012

O Caminho


Pelas ruas apertadas do caminho até você,
Há sempre uma luz no fim do túnel e a descoberta
De um poste ou da imagem da lua reluzente num céu
Estrelado. Se um anjo acompanhasse uma estrela cadente
E tivesse a responsabilidade de levar-me em seu retorno,
Restaria um pedido ou talvez um acordo. A esperança
Perdeu-se no horizonte de possibilidades em que se transformou
A vida humana, mas eu ainda a tenho e ela carrega coisas
Tão simples: o seu sorriso depois de um beijo. Um abraço silencioso
Quando nenhuma palavra faz sentido. O olhar terno de cumplicidade 
E o segredo de que guardamos um sentimento imenso dentro de nós, 
Esperando apenas que o medo cesse.

terça-feira, 31 de janeiro de 2012

Prega-Dores

Os pregadores de todos os amores que fazem parte da minha vida. Os ocupados e invisíveis, estes sabem por si só que estão ali. Os vazios representados pelos desamores, e, por fim, os outros, livres do concreto e de perspectivas: estes carregam a certeza de nunca serem pregados, amados, integrados ou incorporados.