sábado, 25 de setembro de 2010

A Lua Cheia de Alegria


Um luau, mas a lua foi encoberta pelas telhas.
Houve música, mas não havia violão.
Existiam palavras, mas não havia poesia.
A alegria do vinho distorceu os sentidos e tudo
O que poderia ser aproveitado, não foi, está perdido.
Restaram por fim as pessoas e estas tornaram a
Festa única, como uma pinta na má companhia de
Um sorriso. A metáfora é o alento da alma quando
Não podemos dizer tudo o que se quer.

sábado, 11 de setembro de 2010

Sombras III


Os segundos de felicidades são caros, pagos com
Intermináveis minutos de sofrimento. Temo aceitar
Sem maiores questionamentos o pessimismo filosófico
De Schopenhauer e pensar que a vida é um eterno sofrer,
Aliviado por pequenas porções de contentamento dados
Pela arte.

Sombras II

As palavras dançam completamente fora
Do ritmo proposto. Não convencem, não
Dizem. Esvaziadas de sentimentos, perdem
O sentido. Hermética, a companhia vira solidão.

Sombras

Antes do pôr do sol a beleza se manifesta
Em luz pela ultima vez no dia. Depois, nas
Sombras, os olhos buscam outras imagens,
Outros significados. Assim, a solidão disfarçada
Esconde a lágrima na escuridão da noite.

quinta-feira, 2 de setembro de 2010

Poucas Vogais

 
Gostaria de perceber o que me cerca.
De saber que não estarei aqui para ter tudo.
E esta certeza me faz melhor.
Poder acordar ao teu lado e dizer-lhe em
Poucas vogais que o rubro só se fez rosa
Para não perder o sentido quando falar
De você. O mais, não precisa ser dito.