Sim! Vai ser sempre assim, chegar, me despir em palavras e fugir? Haverá sempre estes corpos suados, separados por linhas e telas? Poemas não escritos, como gemidos suprimidos no calor do ato? Esse seu hálito quente, a encontrar de fato meu corpo já ardente, o seu ainda distante, todavia, presente num movimento contínuo que já não sei... Se vou, ou se louca, é você quem vem, numa dança de corpos nus, onde a realidade é abandonada, e a gravidade dispensada já sem explicar, onde termina o meu corpo, e onde, o seu a mim não pertence... Me acorde! Se esta gota de suor não for real, ou se suas pernas envoltas nas minhas, escondendo discretamente meu... Línguas a passear onde os limites são meras formalidades. Sinto agora em minha boca a leve sensação dos teus mamilos ouriçados. Arranhe-me quando chegar ao fim. Por que ele mesmo, o fim, é só a possibilidade de um novo começo, onde o prazer é um ciclo infinito e o orgasmo a chance de recomeçar.
*Texto escrito em 15/06/07
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