segunda-feira, 2 de março de 2009

Carnaval



Pensar em carnaval nos remete a inúmeros pontos distintos da história do homem. No entanto pensando momentos distantes no tempo histórico, ou, datas mais recentes, a essência básica do carnaval é a alegria, a comemoração, o desregramento do deus grego Dionísio em negação a razão rígida do também deus grego Apolo. E é nesse ponto, quando falamos de alegria, que se estabelece o meu paradoxo.
Pois mesmo em tempos de “alegrias” carnavalescas o cenário que se percebia em Caetité era o mesmo das cidades fantasmas dos filmes de faroestes americanos, só faltaram as bolas de fenos rolando pelas ruas. Os que fizeram a “opção” (para os mais críticos, me perdoem as aspas, são resquícios do sistema) de permanecer aqui tiveram no sábado e no domingo a oportunidade de se divertirem num “carnaval” organizado por uma pequena parcela do comércio local. Pra variar grande parte do repertório escolhido não poderia ser diferente: arrocha!
Entretanto, prefiro pensar pelo lado positivo, não temos aqui os conflitos que dividem a opinião pública em salvador, por exemplo, quando os foliões dizem que o carnaval tem que se estender por toda a quarta-feira de cinzas, enquanto a Igreja diz que a festa tem que acabar na madrugada de quarta. (já vivemos tantos conflitos, que por horas a mais ou a menos poderíamos evitar esse). Mas para felicidade dos caetiteenses, e da Igreja local o carnaval do parque terminou na madrugada da segunda-feira. O restante dos dias foram de um silêncio assustador, interrompido pelo barulho de alguns “trios elétricos” particulares que cotidianamente circulam pela cidade, tocando adivinhem o que? Acertaram: arrocha!
Só não entendam aqui que eu tenho alguma coisa contra o ritmo intitulado arrocha, pois não tenho, acho até uma dança sensual, guardados os exageros, é que assim como não dá pra tocar música clássica no São João, não dá pra tocar arrocha no carnaval.
25/02/09

Nenhum comentário:

Postar um comentário