segunda-feira, 24 de outubro de 2011

Aspiro o Desejo de Ansiar



Aspiro à poesia brilhante dos
Olhos que não enxergam, e sentem
A vida em cada brisa que passeia
Pela face.

Desejo as lágrimas dos que já Choraram,
Por que sei que nunca me farão chorar.

Anseio pela voz dos falantes, e que
Eles nunca se calem em nenhuma das
Estações, e se em algum momento precisarem
Calar, que o silêncio seja provocado por
Um beijo, e, que a felicidade ocupe o que
Antes era som.

sexta-feira, 14 de outubro de 2011

Ausências Refletidas


Essa vida povoada de ausências torna a presença o motivo exato para nada dizer. Cria no silêncio provocado, incitado pelos espaços vazios, a consciência ilusória de liberdade, como se “estar com” fosse sinônimo de prisão. Presos por um abraço, ou livres solitários, crentes e fieis seguidores de um livre-arbítrio que não existe. Somos todos reféns do imediatismo das relações de borboletas, que só vivem vinte e quatro horas.