sexta-feira, 28 de agosto de 2009

A utopia do horizonte

Percebo o ar parado a minha frente e num lapso transporto-me para outro lugar e ainda assim não me sinto presente em parte alguma. Determino o caminho e não consigo trilhá-lo. Elaboro o projeto e não o executo. Perco-me onde mais me reconheço e só encontro os caminhos que nunca passei. Talvez querer não seja de fato poder, mas quando se quer o caminho para tê-lo se torna mais curto. O que se quer afinal? E o horizonte deixa de ser a utopia do velho uruguaio Eduardo Galeano*e se transforma em algo palpável.







*"A utopia está lá no horizonte. Me aproximo dois passos, ela se afasta dois passos. Caminho dez passos e o horizonte corre dez passos. Por mais que eu caminhe, jamais alcançarei. Para que serve a utopia? Serve para isso: para que eu não deixe de caminhar" (Eduardo Galeano).
** Créditos da foto Teobaldo Marinho de Souza Neto.

Um comentário:

  1. "Perco-me onde mais me reconheço e só encontro os caminhos que nunca passei."

    Como sempre vc arrebenta na escrita...gosto desse estilo confissão, torna o texto mais envolvente, cria certo ar de mistério...afinal é o eu lirico ou a voz do autor? mistério puro...Abraços Téo

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