O que somos normalmente depende do que tivemos a oportunidade de ver até chegar aqui. Eu realmente acreditava nisso, mas como sustentar essa afirmativa depois de assistir ao filme ENSAIO SOBRE A CEGUEIRA, dirigido pelo brasileiro Fernando Meireles baseado na obra do escritor português José Saramago, único escritor de língua portuguesa a ganhar o Nobel de literatura? Estou revendo meus conceitos.
Pense! Se você descobrisse que irá ficar cego no próximo minuto o que desejaria ver pela ultima vez? E se não tivesse a chance de saber antes, o que iria desejar rever se voltasse a enxergar? O filme nos mostra o quanto somos mesquinhos e ambiciosos mesmo quando todas as situações nos são adversas, quando tudo colabora para que o coração humano se torne livre das mazelas cotidianas que o mundo tem nos imposto como normal. O que temos é o já conhecido roteiro arraigado pelo capitalismo em sua essência, do homem sobrepondo o homem, dos interesses pessoais excluindo o coletivo.
O filme é surpreendente! Mas não simplesmente como uma afirmação da genialidade do escritor português, isso é desnecessário. A obra é sensível em toda sua amplidão. Da música à interpretação de cada ator/atriz, do toque característico do diretor brasileiro, a discreta abordagem do racismo dentro da história. O contexto dos fatos escancara o ser humano em todos os seus defeitos, em todos os seus males, mesmo os mais escondidos, mesmo os mais disfarçados, porém nos mostra que ainda é válido acreditar na bondade e honestidade que carregamos mascarada dentro de cada um de nós.
Como não temos essa oportunidade na vida, ENSAIO SOBRE A CEGUEIRA nos mostrou que vemos sempre o que queremos ver e normalmente não é o mais importante. Como diria Antoine de Saint Exupéry “só se ver bem com os olhos do coração” (Pequeno Príncipe). A verdadeira cegueira é a que cega a alma.
Pense! Se você descobrisse que irá ficar cego no próximo minuto o que desejaria ver pela ultima vez? E se não tivesse a chance de saber antes, o que iria desejar rever se voltasse a enxergar? O filme nos mostra o quanto somos mesquinhos e ambiciosos mesmo quando todas as situações nos são adversas, quando tudo colabora para que o coração humano se torne livre das mazelas cotidianas que o mundo tem nos imposto como normal. O que temos é o já conhecido roteiro arraigado pelo capitalismo em sua essência, do homem sobrepondo o homem, dos interesses pessoais excluindo o coletivo.
O filme é surpreendente! Mas não simplesmente como uma afirmação da genialidade do escritor português, isso é desnecessário. A obra é sensível em toda sua amplidão. Da música à interpretação de cada ator/atriz, do toque característico do diretor brasileiro, a discreta abordagem do racismo dentro da história. O contexto dos fatos escancara o ser humano em todos os seus defeitos, em todos os seus males, mesmo os mais escondidos, mesmo os mais disfarçados, porém nos mostra que ainda é válido acreditar na bondade e honestidade que carregamos mascarada dentro de cada um de nós.
Como não temos essa oportunidade na vida, ENSAIO SOBRE A CEGUEIRA nos mostrou que vemos sempre o que queremos ver e normalmente não é o mais importante. Como diria Antoine de Saint Exupéry “só se ver bem com os olhos do coração” (Pequeno Príncipe). A verdadeira cegueira é a que cega a alma.
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