terça-feira, 21 de janeiro de 2014

O Ano Começa Aqui

Revê... Reencontrar... São situações que nos rementem sempre a reflexões simbólicas e profundas. Por esses dias, reli um livro que estou escrevendo a algumas décadas. Ele não será impresso, comercializado e provavelmente nem lido por outra pessoa. Todavia, confesso minha inquietação diante de alguns fatos inclusos em suas linhas/parágrafos.
Quão afastado estou dos amigos próximos, moradores de milhas e milhas distantes, mas que residem no bairro vizinho. Onde se escondem os companheiros de debates intermináveis e proporcionalmente interessantes dos encontros nas praças, acompanhados de vinhos ruins e gargalhadas no ultimo volume? No dia seguinte éramos “notícia” do jornalismo local: “maconheiros, baderneiros e vagabundos não deixam vizinhança de praças públicas dormirem em paz.”. A única substância entorpecente daqueles encontros é extremamente lícita e atende pelo singelo nome de felicidade, por compartilharmos vida!
Os amigos ainda se encontram nos mesmos lugares. Enquanto eu frequento quartos e salas de um amarelo inebriante, quase débil. Portas, janelas, chaves e fechaduras. Aprisionado e enlouquecido desejando apenas dizer. Nesses momentos, não há como fugir da lembrança do Marquês de Sade e o extremo de fezes e sangue como ultimas possibilidades para o registro do que lhe efervescia o pensamento.
Mas não espero compreensão... Compreender-se já uma tarefa por demais árdua para queremos ainda abarcar o outro. Desejo apenas paciência se julgarem por merecimento, e, se não, reitero aqui as minhas mais sublimes desculpas pelas ausências e vazios.



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