Hoje é um destes dias que a
normalidade senta na varanda pra assistir o entardecer se despedir. Entrincheirado,
um inimigo blindado, uma bala e uma dúvida: em que direção atirá-la? Valorizamos
sempre os atos de coragem e maldizemos as covardias, mas com o tempo
descobre-se que nem todo passo atrás é por medo e nem toda fuga representa
fraqueza... Sofremos de esvaziamentos amplos de coisas que nos são
significativas, e estamos sempre alicerçados dos mais bem elaborados discursos
para justificá-los.
A eternidade parece um bem comum e a
ideia de felicidade supérflua demais para nos causar preocupações, basta nos
ocuparmos dela caso se atrase ou não venha.
Vou me perder se seguir por esse
caminho, prefiro a dor de morrer tentando... De sobreviver mortalmente ferido e
ainda assim acreditar... Porque sou gigante ancorado em minhas crenças, “verdades”
e defeitos... Pra onde vou será sempre uma interrogação. Mas não preciso da
resposta, o desafio é descobrir o que não posso ser.
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