quarta-feira, 29 de agosto de 2012

Hoje



Hoje é um destes dias que a normalidade senta na varanda pra assistir o entardecer se despedir. Entrincheirado, um inimigo blindado, uma bala e uma dúvida: em que direção atirá-la? Valorizamos sempre os atos de coragem e maldizemos as covardias, mas com o tempo descobre-se que nem todo passo atrás é por medo e nem toda fuga representa fraqueza... Sofremos de esvaziamentos amplos de coisas que nos são significativas, e estamos sempre alicerçados dos mais bem elaborados discursos para justificá-los.

A eternidade parece um bem comum e a ideia de felicidade supérflua demais para nos causar preocupações, basta nos ocuparmos dela caso se atrase ou não venha.

Vou me perder se seguir por esse caminho, prefiro a dor de morrer tentando... De sobreviver mortalmente ferido e ainda assim acreditar... Porque sou gigante ancorado em minhas crenças, “verdades” e defeitos... Pra onde vou será sempre uma interrogação. Mas não preciso da resposta, o desafio é descobrir o que não posso ser.


quinta-feira, 23 de agosto de 2012

"Despedaços"


O Silêncio é o caminho de busca para algumas verdades...  Frutos que não veremos frutificar, mas, que ainda assim, é preciso plantar as sementes. O vácuo é o pior lugar do mundo para se estar, mas temos um dentro de nós mesmos. Eu não compreendo a ideia de sentir falta, entretanto, sinto. Sinto uma angustia desumana rasgando minha garganta na forma de saliva engolida a seco e as lágrimas que insistem em escorregarem sutilmente roubadas pelo canto dos olhos e Só... Falta-me um abraço, falta-me um sorriso ou simplesmente uma palavra que me iluda com o convencimento de que vai ficar tudo bem. Posso viver pela eternidade, mas nunca vou compreender a morte... Atravessar sozinho estes momentos, distante de todos aqueles que poderiam me entender, é também uma forma de morrer, assim, morre-se da pior maneira possível: sozinho!

domingo, 19 de agosto de 2012

Três Pontinhos

Uma manhã de promessas: Chuva... Abraços... Lembranças. O jeito como Você arruma o cabelo e o significado que tem trançá-los, é a ponte que aproxima os abismos e o tempo é o senhor do invisível, que não podendo ser visto, não precisa ser explicado.