Precisamos nos perder em alguns
momentos, só para lembramos da necessidade de conhecermo-nos... Vagarmos a
ermo, não a procura do caminho, mas do significado. Tenho agora todas as
respostas, faltam, porém, as perguntas que lhes dão sentido. Busco um equilíbrio
às vezes utópico e os espelhos insistem em refletir as ausências.
Qual o medo? Ou qual o motivo
para tê-lo? Dissolvo-me todas as manhãs na lembrança de um sorriso
estonteante... Ele invade meu quarto com a mesma força dos raios solares e se
instala no meu peito como um abraço confortante.
Mas onde está, quando preciso
sussurrar ao teu ouvido que é o cheiro e não o perfume que me faz querer tá
perto? O carinho e não só a presença... O cuidado e não apenas o abraço... O desejo
e não somente as formas... É difícil querer... É difícil só querer...
A harmonia dos gestos e o
encontro perfeito com as palavras... A sutileza do beijo e a precisão das
carícias... O sono entre os braços e imagem da vulnerabilidade... O sorriso
meigo de olhos piscados... Ah, Meu Bem!!! Você, você e outra vez... Você... O
resto é um céu nublado sem estrelas.