Monto um quebra-cabeça e sei que ao completa-lo chego ao fim do jogo e da vida. Coloco e retiro peças... Paro, reflito, acrescento mais uma, tiro outras duas e mesmo certo, continuo em dúvida. Sigo agora para os últimos pedaços e a cada nova jogada me perco um pouco. Sinto os primeiros fios se soltando... Apressado, tenho a impressão rasgada das últimas horas, minutos, segundos... Não, o jogo não vai acabar agora, o quebra-cabeça está incompleto, bem como a minha vida. Existem perguntas que ainda precisam de respostas.
*Créditos da foto: Allana Katiussya.